sábado,9de

Surplus

Muito mais que uma Crítica ao Consumismo
Por Jessica Fiuza




" O desejo de consumir te aterroriza"

Do sueco Erik Gandini, o documentario Surplus é uma crítica e um questionamento a cerca do consumismo e da sociedade atual, já que a globalização é muito desigualmente distribuida ao redor do globo, pois embora projetado como trashistórico e transnacional, o capitalismo é na verdade um processo de ocidentalização com um fluxo desiquilibrado. Surplus tem como aliado os dialogos de John Zerzan que questionam a "Liberdade" de escolha, a cultura de esquecimento e as manifestações sociais.

O documentario começa mostrando cenas de manifestações em Gênova (2001), onde Zerzan inicia um dialogo sobre danos a propriedades, segundo Zerzan não há violencia nestes atos, já que um prédio, banco ou janela  e objetos em geral não sentem dor. Segundo o anti-comunista, a violencia esta no ato de ficar em inércia, sentado engolindo publicidade e assistindo ao cataclisma mundial.

Posteiormente o filme apresenta os efeitos da chamada " sustentabilidade" industrial e as consequencias ambientais, a exploração dos países subdesenvolvidos. Para estes países subdesenvolvidos o problema não está no crescimento, produção ou lucratividade e sim na Distribuição, onde sempre havera desigualdade, uma vez que o espirito do capitalismo voga o egoismo e a exploração, principalmente da mão de obra barata.

Mostrando e evidenciando o afastamento e relativização da compreensão de espaço/ tempo, o documentario é muito mais que uma critica a sociedade pós moderna e suas organizações, crenças e ideologias, Surplus é um questionamento sobre a própria mente humana e a organização social. Mostrando a urgencia do presente este documentario alerta para o vazio mental e o consumo desenfreado.

quinta-feira,7de

Filme de terror, Sera?

Drag me to Hell ou Arraste-me pro Inferno
Por Jessica Fiuza



" Do diretor Sam Raimi, Drag me to Hell é um filme alternativo a escola de terror "

Com a promessa de ser um filme de terror, ele é um completo fiasco. Porem pode-se adotar o termo comédia com sustos que seria mais adequado, Drag me to Hell se passa em torno de Christine Brown (Alison Lohman) que é uma analista de crédito de um banco de Los Angeles. Ela tem um namorado, Clay Dalton (Justin Long) que é professor, e uma sogra que de personalidade tão horrivel chega a ser o que há de mais assustador no filme, mais que o próprio demonio bizarro em forma de bode.

Um dia, a senhora Ganush (Lorna Raver) que é uma cigana, chega ao banco, implorando que prorroguem o pagamento de sua hipoteca para que ela não seja despejada. Mas, como quer ser promovida, Christine nega o pedido. A senhora Ganush em retaliação, lança uma maldição sobre a jovem onde ela tera três dias para evitar que o demônio leve sua alma.

No decorrer do filme o demônio invocado pela cigana se mostra tão poderoso, movimentando objetos, criando ilusões, visões, faz com que insetos surjam na comida e transformam a vida da moça em um verdadeiro inferno, que leva a questionar, se ele é tão poderoso assim, Por que graça o individuo não simplesmente pagou a hipoteca atrasada ?

O filme intero é cheio de absurdos que o deixam idiotamente engraçado, como quem guarda uma bigorna em casa? Ou a velhinha que diz que não pagou a hipoteca por falta de dinheiro, mas com a surra que ela dá na moiçola no estacionamento, ela poderia facilmente competir no UFC . . . sem contar cenas nojentas como tirar a dentura pra chupar bala e por ai seguem varias outras . . .
Resumindo o filme tem graficos pobres, um enredo mediocre e uma atuação simplória. Mas para não dizer só os contras, o filme tem uma boa sonoplastia o que contribui em diversos momentos para dar bons sustos.

quarta-feira,16de

Banco Real incentiva Natal mais social

Projeto social e Cultural para o Natal encanta o publico.
Por Jessica Fiuza

A avenida Paulista é famosa por ser a mais importante avenida da cidade de São Paulo, e é onde se concentra o maior polo tanto economico quanto cultural da cidade. Nas vésperas do natal a avenida esta sempre toda decorada e encantadoramente perfeita. Os lugares mais enfeitados estão concentrados entre a Consolação e o Parque Trianon. Iluminada e com tantos eventos como o coral do banco Santander, fica dificil até mesmo saber para onde olhar. Porém um lugar parece ser inevitavel de se entrar, a casa do Papai Noel.

Na faixada foram colocados, ursos, caixas de presentes, um trenzinho e muitas luzes e laços. Dentro do Banco Real, foi montado um imenso cenário com pinheirinhos e duendes, quebras nozes e bolas coloridas que ficam penduradas no teto. Valorizando a cultura natalina das mais diversas etnias, o cenario é cheio de surpresas. Entre 24 de novembro e 24 de dezembro, as crianças que visitarem a exposição também poderão freqüentar as Oficinas do Papai Noel. Nelas há duendes que ensinam a confeccionar arranjos, o cantinho da internet, aulas de educação financeira e reciclagem. As oficinas acontecem de uma hora em uma hora, entre 9h00 e 17h00, e são gratuitas.


Programção da Exposição de Natal

Endereço: Sede do Banco Real na Avenida Paulista, 1374.
Período: de 24 de novembro a 4 de janeiro de 2009 das 09:00 ás 23:00 hrs
Dias 25, 31/12 e 01/01/09: Fechado

segunda-feira,14de

Direito à memória e à verdade

Estação Pinacoteca do Estado homenageia a resistência à ditadura
Por Renata Kelly



Como todo grande período histórico, a resistência à ditadura deve ser eternizada como um ato de bravura do povo brasileiro, quando ainda se lutava por algum ideal, e fugia-se do comodismo em que a Nação se esconde hoje em dia, por isso a Estação Pinacoteca do Estado homenageia o ato com a exposição Direito à Memória e à Verdade: A Ditadura no Brasil, que por tempo indeterminado irá mostrar imagens do golpe militar, as revoltas estudantis e campanhas pela anistia, em painéis de 70 metros de extensão e 1,60 metro de altura. Os cantores Chico Buarque e Edu Lobo, o cineasta Glauber Rocha e as atrizes Tônia Carrero, Eva Wilma, Odete Lara e Lucélia Santos são algumas das personalidades que não cruzaram os braços e foram às ruas para fazerem seus protestos para que o Estado se restabelecesse. Políticos como Ulisses Guimarães, Luis Inácio Lula da Silva, Teotônio Vilela também não se calaram. Mais informações no site

quinta-feira,10de

Livro Herege ou realista?

Memnoch de Anne Rice
Por Jessica Fiuza

Memnoch é a quinta publicação das crônicas vampirescas de Anne Rice, e provavelmente uma das mais polêmicas, a história é toda contada a partir do ponto de vista de Lestat de Lioncourt.

O mais interessante é que não é essencial ter lido o primeiro livro ou o segundo para ler o terceiro, quarto ou quinto e os que seguem. No começo do livro inclusive Lestat faz uma breve apresentação sua para os que não o conhecem (porem é interessante que leiam os outros para dar-se um maior envolvimento com os personagens). Segundo Anne Rice, numa carta aberta ao seus fãs na Internet, o livro mexeu muito com ela: "Usei muitas blasfêmias, mas você tem que amar muito a Deus para ser um verdadeiro herege."

A rainha dos condenados e Entrevista com um Vampiro, são outras duas das cronicas de Anne Rice, mas que são famosas por terem virado filmes.

Lestat causa um estado de amor ou ódio a primeira vista através de sua personalidade egocentrica, egoista e disformemente humana. Com viciosas manias, obessões e paranóias que o cercam, essa criatura quanto mais permite-se transparecer, mais se assemelha a cada um de nós. Neste livro ele conhece o purgatório, o Inferno e o céu, sem rotulações ou fantasias, tudo de maneira muito detalhada e estranhamente real.

Ele conhece também a história de um anjo caido, que afirma ser o diabo em pessoa, punido por não aceitar a divisão entre humanos e anjos, além de ter um envolvimento carnal com uma humana. Nessa viagem de extremos, a autora propõe algumas situações que podem incomodar algumas pessoas, mas certamente tornam a leitura mais instigante.

quarta-feira,9de

Ana Cañas e a nova MPB

A artista que veio para fazer a diferença.
Por Débora Dias



Ana Cañas é uma das vozes mais comentadas no atual cenário da MPB. Em seu primeiro disco, amor & caos, ela se empenhou em desmistificar a imagem da cantora brasileira, mostrar suas perfeições e imperfeições.

Confira um de seus principais trabalhos, Esconderijo:



Para conhecer um pouco mais do trabalho dessa paulistana de 28 anos, acesse seu site oficial e seu myspace.


sexta-feira,4de

Cultura: um bem de todos, ou não

Centralização dificulta acesso aos espaços culturais.
Por: Débora Dias

São Paulo é, sem dúvidas, uma das cidades mais importantes do país. Sempre foi vista como sinônimo de melhores condições de trabalho e de vida. Mas o que dizer quanto ao investimento feito em cultura e lazer?

O que podemos perceber hoje é uma centralização dos espaços culturais em alguns bairros da cidade, geralmente não acessíveis a todos, e algumas exceções “perdidas” pelos bairros mais simples. Digo exceções pois, geralmente, são espaços mantidos pela própria comunidade local sem muita atenção do governo, fato.

Vamos usar como exemplo as bibliotecas: são aproximadamente oitenta, espalhadas por todas as regiões da cidade. As principais estão em boas condições, como é o caso da Biblioteca Prefeito Prestes Maia, em Santo Amaro, bairro importante da zona sul. Lá as estantes estão abarrotadas de livros, tanto que a aceitação de doações foi interrompida por uns tempos.

Porém, se olharmos um pouco mais longe, encontraremos escolas públicas com bibliotecas praticamente vazias ou com livros em péssimas condições de uso; e as dos Centros Educacionais Unificados – CEUs que são voltadas apenas para o público infantil.

Os museus também apresentam esse problema de localização. O Museu da Língua Portuguesa, por exemplo: apesar de apresentar preços baixos e ter como assunto principal a nossa língua – importantíssimo no desenvolvimento intelectual de nossas crianças – é de difícil acesso, mesmo estando próximo a estação Luz do metrô.

É importante observar que, para uma grande parcela da população, gastar dinheiro com ônibus e metrô para visitar museus e arcar com o valor, mesmo que simbólico, da entrada não é algo viável.

Isso tudo acaba afastando a população desses locais, e conseqüentemente, de informações e experiências que poderiam contribuir, e muito para a bagagem cultural das pessoas, principalmente dos jovens.

E o que fazer para reverter essa situação?

O governo tem desenvolvido projetos como o ônibus-biblioteca, uma biblioteca móvel que leva um pouco de literatura às regiões onde não existem espaços destinados a esse fim, e a inauguração de pequenas bibliotecas em algumas estações do metrô.

Mas será que apenas isso é suficiente, ou poderiam existir outras soluções?