Surplus

Muito mais que uma Crítica ao Consumismo
Por Jessica Fiuza




" O desejo de consumir te aterroriza"

Do sueco Erik Gandini, o documentario Surplus é uma crítica e um questionamento a cerca do consumismo e da sociedade atual, já que a globalização é muito desigualmente distribuida ao redor do globo, pois embora projetado como trashistórico e transnacional, o capitalismo é na verdade um processo de ocidentalização com um fluxo desiquilibrado. Surplus tem como aliado os dialogos de John Zerzan que questionam a "Liberdade" de escolha, a cultura de esquecimento e as manifestações sociais.

O documentario começa mostrando cenas de manifestações em Gênova (2001), onde Zerzan inicia um dialogo sobre danos a propriedades, segundo Zerzan não há violencia nestes atos, já que um prédio, banco ou janela  e objetos em geral não sentem dor. Segundo o anti-comunista, a violencia esta no ato de ficar em inércia, sentado engolindo publicidade e assistindo ao cataclisma mundial.

Posteiormente o filme apresenta os efeitos da chamada " sustentabilidade" industrial e as consequencias ambientais, a exploração dos países subdesenvolvidos. Para estes países subdesenvolvidos o problema não está no crescimento, produção ou lucratividade e sim na Distribuição, onde sempre havera desigualdade, uma vez que o espirito do capitalismo voga o egoismo e a exploração, principalmente da mão de obra barata.

Mostrando e evidenciando o afastamento e relativização da compreensão de espaço/ tempo, o documentario é muito mais que uma critica a sociedade pós moderna e suas organizações, crenças e ideologias, Surplus é um questionamento sobre a própria mente humana e a organização social. Mostrando a urgencia do presente este documentario alerta para o vazio mental e o consumo desenfreado.

Filme de terror, Sera?

Drag me to Hell ou Arraste-me pro Inferno
Por Jessica Fiuza



" Do diretor Sam Raimi, Drag me to Hell é um filme alternativo a escola de terror "

Com a promessa de ser um filme de terror, ele é um completo fiasco. Porem pode-se adotar o termo comédia com sustos que seria mais adequado, Drag me to Hell se passa em torno de Christine Brown (Alison Lohman) que é uma analista de crédito de um banco de Los Angeles. Ela tem um namorado, Clay Dalton (Justin Long) que é professor, e uma sogra que de personalidade tão horrivel chega a ser o que há de mais assustador no filme, mais que o próprio demonio bizarro em forma de bode.

Um dia, a senhora Ganush (Lorna Raver) que é uma cigana, chega ao banco, implorando que prorroguem o pagamento de sua hipoteca para que ela não seja despejada. Mas, como quer ser promovida, Christine nega o pedido. A senhora Ganush em retaliação, lança uma maldição sobre a jovem onde ela tera três dias para evitar que o demônio leve sua alma.

No decorrer do filme o demônio invocado pela cigana se mostra tão poderoso, movimentando objetos, criando ilusões, visões, faz com que insetos surjam na comida e transformam a vida da moça em um verdadeiro inferno, que leva a questionar, se ele é tão poderoso assim, Por que graça o individuo não simplesmente pagou a hipoteca atrasada ?

O filme intero é cheio de absurdos que o deixam idiotamente engraçado, como quem guarda uma bigorna em casa? Ou a velhinha que diz que não pagou a hipoteca por falta de dinheiro, mas com a surra que ela dá na moiçola no estacionamento, ela poderia facilmente competir no UFC . . . sem contar cenas nojentas como tirar a dentura pra chupar bala e por ai seguem varias outras . . .
Resumindo o filme tem graficos pobres, um enredo mediocre e uma atuação simplória. Mas para não dizer só os contras, o filme tem uma boa sonoplastia o que contribui em diversos momentos para dar bons sustos.